segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Identidades Móveis no Espaço Cultural do Banco da Amazônia



No lugar do outro

“...Só é interessante o pensamento enquanto potência de alteridade”

Eduardo Viveiros de Castro

O projeto Identidades Móveis, de Bruno Cantuária e Ricardo Macêdo irá discutir a questão do sujeito por meio da performance. Tomando como ponto de partida a fragmentação do sujeito contemporâneo - imerso nas mídias sociais e nos diversos papéis que este assume ao longo de sua existência -, a dupla de artistas elaborou uma proposição em que se dispõe a mergulhar na vida do outro, viver como este outro, mesmo que por um curto espaço de tempo, apreendê-lo, sorvê-lo no que for possível.

Mais do que uma mera reprodução das atividades cotidianas dos sujeitos pesquisados, Cantuária e Macêdo constituem um projeto em que viver o dia-a-dia do outro é um processo de entender esse sujeito como deflagrador de experiências únicas. Daí, a dupla elencar, dentro de um circulo de interação, com maior ou menor convivência, o indivíduo a ser tomado, apreendido, vivido.

Os procedimentos performativos de Cantuária e Macêdo são direcionados à imagem. Quando um deles está vivendo alguma outra existência, é o parceiro quem irá capturar, em fotografias e vídeo, o transcurso do tempo, as múltiplas ações diárias desenvolvidas. Na maior parte desse período, aquele que está performando está tão absorto na atividade que nem percebe a captura. Em outros momentos, a fotografia se apresenta como documento, retrato do cotidiano do indivíduo. Mesmo aí, Cantuária e Macêdo não estão interpretando os sujeitos, eles são os sujeitos, imersos no modo de vida, comportamentos corporais, objetos, vestuário, atos vividos na ação de ser o outro. Não é uma mimesis para a imagem, mas uma absorção de um conjunto de saberes que os põe no lugar do outro e é registrada na forma de imagem. Fixa e em movimento, é o resquício da experiência, mas também sua existência. Não são performances orientadas para fotografia e vídeo, mas performances enquanto imagem.

A dupla se propõe a apreender e captar o outro, sabendo que não serão os mesmos depois dessa experiência, porque não estão vivendo “personagens”, mas algo distinto de si mesmos. E, na possibilidade da diferença é que o trabalho se estabelece, no mergulho naquilo que é estranho, diverso, porém não distante. Nesse espaço vago, instável, arriscado no qual os artistas se colocam na posição do outro é que está a potência desta proposição, no deglutir o outro, olhar para a alteridade e encontrar um território possível.

Orlando Maneschy

"IDENTIDADES MÓVEIS"
Bruno Cantuária e Ricardo Macedo
Curadoria: Orlando Maneschy

Abertura: 08/11/2010 às 19h
(Segunda-feira)
Visitação:
De 09 de novembro a 14 de dezembro de 2010.
(Segunda a Sexta de 10h às 17h)
Espaço Cultural Banco da Amazônia
Av. Presidente Vargas,800-Térreo
Cep: 66017-901-Belém-Pa
Fone: 4008-3334

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Claudia Andujar faz palestra em sua sala especial no Goeldi


Um dos momentos mais importantes do Arte Pará 2010 ocorrerá nesta terça-feira, 12 de outubro, às 16h no prédio da Rocinha, no Museu Paraense Emilio Goeldi. Lá, pela primeira vez em Belém, a fotógrafa Claudia Andujar falará sobre sua produção, destacando o trabalho realizado junto ao povo Yanomami, etnia que Andujar travou contato na década de 1970 e que ajudou, por meio de uma longa luta, no processo de demarcação das terras que viriam a se tornar a reserva Yanomami.
Convidada do 29° Arte Pará, Andujar tem uma sala especial na mostra que aborda distintas relações estabelecidas entre o homem branco e os povos da floresta. Igualmente Diferentes conta ainda com Armando Queiroz, artista homenageado neste ano e Roberto Evangelista, além de objetos da própria cultura Yanomami que poderão ser vistos.
Claudia Andujar em sua palestra, às 16 horas, apresenta as relações de alteridade, fruto de sua integração com os índios desta etnia, a partir do estabelecimento de confiança e respeito. Partindo de fotografias da série “Sonhos”, em que a artista interpreta o universo comsmogônico desse povo, traduzindo isto em imagens de beleza ímpar, que poderão ser vistas ao longo da palestra, já que a mesma ocorrerá dentro da própria exposição, a artista esplanará, com seu fortíssimo senso ético, sobre seus processos e a luta pelo direito à vida desse povo, exposto a toda sorte de doenças do homem branco, além de ser vitima da exploração de suas terras. Assistir a essa palestra, na primeira exposição que a artista faz na Amazônia é um momento único e de significativa importância, já que nos revela processos de mergulho no universo do outro, o que gerou obras de marcante posição política.

SERVIÇO:
Palestra com Claudia Andujar
Prédio da Rocinha / Museu Paraense Emilio Goeldi
Av. MAgalhães Barata - Belém
Terça-feira, dia 12, 16h.
ENTREADA FRANCA pela lateral do MPEG

sábado, 25 de setembro de 2010

Babado na Bienal - picho LIBERTE OS URUBUS gera corre-corre no pavilhão



Arte, política e polícia foi o que se viu hoje no final da tarde no Pavilhão da Fundação Bienal de São Paulo. Um pichador juntou-se ao protestos dos ambientalistas pró-libertação dos urubus presentes na obra de Nuno Ramos, entrou no espaço do viveiro e pichou "Liberte os Urubu". Não conseguiu finalizar a frase. Foi um corre-corre total, seguranças, bombeiros, polícia atônita sem saber o que fazer, diante do público que se manifestava em favor dos animais e do pichador. Muito corre-corre nas rampas e a polícia "prendendo" o rapaz.
Depois, num movimento de tensão total os seguranças e a polícia foram "convidando" o público a se retirar. Tensão, certa truculência e uma sensação de que, para um evento que se pretende discutir política, o que viu na 29a Bienal de São Paulo hoje estava longe de ser uma busca de diálogo e troca, ou seja, de ação política. O que se viu foi intolerância e exercício de poder de forma dura. Pareciam os anos de chumbo...
Críticos, curadores, artistas e público com uma sensação estranha e amarga na boca. O grupo de policiais vindo, em formação para nos convidar a sair foi algo, no mínimo, assustador.
Se desejarmos realmente pensar a arte e suas relações políticas, é preciso de maturidade e convicção para isso, senão, dá nisso.
Veja as imagens, que dizem muito...







PARA SABER MAIS sobre a 29 BIENAL e todo esse debate...>>>
http://www.stj.myclipp.inf.br/default.asp?smenu=noticias&dtlh=164481&iABA=Not%EDcias&exp=

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

JÁ! Emergências Contemporâneas será lançado sexta, 03, na Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém


Orlando Maneschy e Ana Paula Felicíssimo convidam você para o lançamento do livro JÁ!Emergências Contemporâneas nesta sexta-feira, 03, às 18h, no Estande da Editora da Universidade Federal do Pará, na XIV Feira Pan-Amazônica do Livro, no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, Belém, Pará.

terça-feira, 17 de agosto de 2010


















Carta do farol do fim do mundo


Este texto seria um segredo. Segredo do tipo que você guarda perto do coração, traz no corpo, pensamento, entranhas. Prometi não ser emocional, não falar de vinculações, relacionamentos, sentimentos.

Há um tempo que só pode ser contabilizado internamente e que marca a impregnação daquilo que nos cinde a alma. E são essas as coisas que nos trouxeram aqui, neste momento, em que tantas memórias foram acionadas, neste projeto mínimo, múltiplo e incomum.

Conflitos, medo, dor, paixão, saudade. Sentimentos variados se fazem presentes, entre palavras e desenhos em que diminutos personagens exalam solidão, que por vezes se manifesta em objetos colecionados, vestígios de uma existência. Muitas obras de Keyla Sobral materializam a presença de uma ausência. E neste projeto é a resiliência que vem movendo a artista a organizar poeticamente as dificuldades das relações no mundo contemporâneo.

Impossível manter uma distância segura desses desenhos para constituir um juízo isento. Não pretendo. Assumo o risco e me coloco ao lado de Keyla, que escancara o coração e deixa à mostra - em desenhos pungentes, impregnados de lirismo e de uma essencialidade quase violenta -, sua sensibilidade diante do incomensurável que é a vida.

Só posso dizer que me junto a ela em tantos momentos de altos e baixos que constituem aquilo que nos confere humanidade, pois somos humanos, demasiadamente, humanos.

PS: Não consegui cumprir minha promessa.

Orlando Maneschy
curador do projeto

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mínimo, múltiplo, incomum





Keyla Sobral faz exposição individual.

Desenhos feito palavras, palavras escritas feito desenho. É assim que se faz a exposição individual “Mínimo. Múltiplo. Incomum”, da artista visual Keyla Sobral, que abre hoje, 17 de agosto, no Museu da UFPA, às 19:00h. E já que “a arte é um modo de reunir afetos”, como diriam Gilles Deleuze e Félix Guatari, Keyla reúne em seus quase trinta desenhos - traçados em nanquim, pastel e tinta -, seus afetos, histórias e muita verdade poética.

Segundo Keyla o desenho é uma constante em seu percurso artístico, “sempre desenhei, mesmo quando trabalho desenvolvendo outros processos artísticos, como web art, o desenho faz parte do processo”. De linhas extremamente sutis, o desenho de Keyla Sobral pode ser comparado tanto com artistas, tanto com poetas, trabalhos onde a formalidade da escrita se dilui quando encontra a linha.

“Keyla expõe, em desenhos delicados e pungentes, sentimentos profundos. Este trabalho traz a tona uma desenhista visceral e sensível que fala das dificuldades de adaptação a velocidade da vida contemporânea, das pequenas alegrias, da solidão, da saudade. Tem a coragem de revelar aquilo que lhe toca.” Afirma o curador da mostra Orlando Maneschy. Para ele, o público irá se identificar com a mostra, pois ela revela “formas de viver, sobreviver as pequenas violências do cotidiano, bem como emoções fortes, como o amor”, complementa.

Para esta exposição a artista diz “faço uma espécie de percurso intimista, revelador,onde trafego entre meus sentimentos e os materializo”. Keyla Sobral iniciou sua carreira artística em 2002, e já participou de exposições no Pará, São Paulo e Alemanha. Também possui vários prêmios em seu currículo, como Menção Honrosa XI Mostra de Arte Primeiros Passos do CCBEU (2003), 2º Grande Prêmio do Salão Arte Pará - 2005; Prêmio Aquisição XI Salão Pequenos Formatos UNAMA (2005), além de ter sido Mapeada pelo projeto RUMOS ITAÚ CULTURAL(2005/2006).

SERVIÇO:

MÍNIMO.MÚLTIPLO.INCOMUM.

Exposição de Keyla Sobral
abertura: 17 de agosto
hora: 19hs
período da exposição: De 17 de agosto a 30 de setembro
Local: Museu da Ufpa
Endereço: Av. José Malcher, 1192 – Nazaré.
Telefone: 32240871

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Estrada Nova S/N e Mais Rapidamente para o Paraíso

Estrada Nova S/N
EXPOSIÇÃO DE LUIZ BRAGA
até 12 de setembro no Espaço Cultural da Porto Seguro
Av. Rio Branco 1489 - São Paulo - SP
de terça a domingo, de 10 às 17h.
fone: 11- 33375880



Mais Rapidamente para o Paraíso
EXPOSIÇÃO DE LUCIANA MAGNO
até 10 de setembro na Sala Gratuliano Bibas - Casa das 11 Janelas
Pça Frei Caetano Brandão S/N - Belém - PA
de terça a domingo das 10 às 16h.
fone: 91 - 40099925

terça-feira, 6 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

Amazônia Contemporânea no Museu da Vale





A Amazônia ainda é um mistério. O inferno verde vem suscitando as mais variadas fantasias desde o início de seu desbravamento, a partir do encontro de Francisco Orellana com as guerreiras indígenas icamiabas, em um fluxo contínuo engendrado por seus diversos ciclos migratórios.
Inúmeros e inconstantes processos de integração aconteceram sobre a região de dimensões espetaculares e isolada dentro de si mesma e do país, a despeito da busca de conexão rodoviária que se estabeleceu a partir da segunda metade do século passado. Ainda assim, o continente amazônico é um território repleto de experiências ímpares, embora pouco conhecidas do resto do Brasil.
Suas cidades, em especial as capitais Manaus e Belém, encravadas na floresta, mantiveram estreita conexão com a Europa, o que garantiu a circulação de bens culturais que, somados à vivência do habitante do lugar, constituíram procedimentos de mestiçagem cultural, que se desenharam entre o contato com o continente europeu e falta de integração nacional.
Diante desse contexto de isolamentos e fluxos, as singularidades de viver a região manifestam-se de forma particular na experiência estética dos artistas que habitam a Amazônia e operam em sistemas paralelos de arte, que ora os colocam também em proximidade com o resto do mundo, ora os mantém desvinculados do trânsito operado no centro-sul do país, gerando, por vezes, uma instabilidade na produção, tanto artística, quanto de projetos institucionais para a arte.
Esta situação de fragilidade e inconstância é reflexo das políticas que se inscreveram na região ao longo de sua história, mas que, por outro lado, propiciaram uma produção artística menos comprometida com apelos do mercado e mais concentrada nas relações com seu lugar de pertencimento, sua luminosidade, suas peculiaridades sócio-culturais, fazendo com que artistas, tanto de forma coletiva, quanto individual, realizassem proposições densas, de grande potência, como as que se vê na mostra que se revela aqui, em Amazônia, a arte.
Neste conjunto veremos artistas que vêm articulando proposições distintas. Convidamos o observador a adentrar com passos lentos, olhar com calma, como faz o nativo ao penetrar a floresta densa, e entender a luminosidade e riqueza cromática; perceber como as especificidades locais se apresentam em relação aos temas globais; compreender como as políticas são acionadas em suas micro ou macro questões.
Em Amazônia, a arte vê-se um fragmento da produção contemporânea de rara densidade, visceral, autêntica que se inscreve em um território peculiar e ainda pouco conhecido. Longe de querer lançar uma visão totalizante, a exposição aponta para a necessidade de se conhecer mais, a região e o próprio país, e entender que aquilo que nos é estranho pode ser a chave para a compreensão quem somos.






















Com os artistas:
Acácio Sobral, Alberto Bitar, Alexandre Sequeira, Armando Queiroz, Armando Sobral, Berna Reale, Cildo Meireles, Coletivo Madeirista (Joesér Alvarez, de Ariana Boaventura e Rinaldo Santos), Cláudia Andujar, Cláudia Leão/ Leonardo Pinto, Dirceu Maués, Éder Oliveira, Edilena Florenzano, Elza Lima, Emmanuel Nassar, Grupo Urucum, Helio Melo, Katie van Scherpenberg, Lise Lobato, Luiz Braga, Marcone Moreira, Maria Christina, Melissa Barbery, Miguel Chikaoka, Naia Arruda, Orlando Nakeuxima Manihipi-Theri, Otávio Cardoso, Patrick Pardini, Paula Sampaio, Roberto Evangelista, Thiago Martins de Melo e Walda Marques .



Idealização e Consultoria: Paulo Herkenhoff. Produção: Maria Clara Rodrigues (Imago Escritório de Arte). Curadoria: Orlando Maneschy. Realização: Museu Vale

terça-feira, 1 de junho de 2010

EXPOSIÇÃO


Outros Prazeres ou o que Amou ter de Volta
O prazer de acessar uma obra de arte é inestimável. Tecer relações, perceber como sua potência permanece e adquire outros contornos ao longo dos anos é uma experiência especial. Diante das diversas situações que acervos e museus atravessam é, muitas vezes, rara a oportunidade de travar contato com um conjunto significativo de trabalhos de arte contemporânea em uma mostra de coleção, principalmente na região norte.
Pensando na importância de construir acervos de arte contemporânea na região norte, refletindo acerca dos já existentes em coleções públicas e da necessidade de serem vistos, concebemos esta exposição, que nasceu no desejo de voltar a ver obras de artistas de trajetórias singulares que se encontram no acervo do Sistema Integrado de Museus, na coleção pertencente à Casa das Onze Janelas.
A grande maioria dessas obras - provenientes de doação realizada pela Fundação Nacional de Arte – Funarte -, foram premiadas e integradas a uma coleção pública que foi, posteriormente, ofertada ao Pará. Também figuram trabalhos que agregaram a coleção pública do estado por meio de editais e exibições. São obras que apresentam um recorte das últimas décadas da produção nacional, permitindo ao público o acesso a temporalidades distintas, que estabelecem diálogo na construção curatorial, que busca ativar suas potências, entre aproximações e tensões.
Como sabiamente disse Paulo Herkenhoff: “a arte fere” e essa mácula se apresenta nos discursos e transgressões presentes aqui. Não podemos viver alienados do tempo e da história. Esses artistas colocam questões prementes à arte contemporânea, eles estão aqui, diante de nossos olhos, nos convidando a ver e entender nosso lugar, nosso papel no sistema complexo da arte e da cultura.
Courtney Smith, Douglas Marques de Sá, Laura Vinci, Newton Mesquita, Marco Paulo Rolla, Hildebrando Castro, Adir Sodré, Miguel Rio Branco, Cildo Meireles, Lina Kim, Nazaré Pacheco, Yiftah Paled, Laércio Redondo, Marcelo Coutinho, Paulo Climachauska, Rosângela Rennó, José Guedes, Cláudia Leão e eu mesmo conclamamos vocês a pensar com essas obras, sobre elas, a partir delas, colocando-as em um lugar mais vivo do que o velho acervo, trazendo-as para bem perto, em nós, em contato íntimo, permitindo com que elas exerçam papel transformador em nossas existências.
Orlando Maneschy
Curador artista

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A cidade do Homem Nu


http://acidadedohomemnu.blogspot.com/2010/04/flavio-de-carvalho.html

Com: Claudia Andujar, Cristina Lucas, Daria Martin, Dzi Croquettes, Egle Budvytyte, Flavio de Carvalho, Miguel Angel Rojas, Ney Matogrosso e Santiago Monge.
Curador: Inti Guerrero

De 16 Abril a13 Junho, 2010 Museu de Arte Moderna de São Paulo.


domingo, 4 de abril de 2010

Fotolink em Londrina





De 08 a 15 de abril.

O Teatro Ouro Verde será palco no próximo dia 8 do lançamento do Fotolink, Encontro Internacional da Imagem, evento coordenado pela fotógrafa e artista plástica Fernanda Magalhães. A noite marcará a abertura da exposição fotográfica de Armínio Kaiser e Foto Estrela(18h), mesa redonda com Sérgio Burge, do Instituto Moreira Salles e Saulo Ohara sobre a obra de Haruo Ohara(19h) e a estreia do curta “Pausa para a Neblina”, dirigido por Rodrigo Grota, às 21 horas. O Fotolink é uma realização da Divisão de Artes Plásticas da Casa de Cultura da UEL e Promic.
Para saber mais>>>
http://walterneyfotos.blogspot.com/2010/04/fotolink.html

quarta-feira, 31 de março de 2010

Indicial abre domingo de Páscoa


IND!CIAL – Fotografia Paraense Contemporânea, com a instalação de obras de fotógrafos e artistas visuais paraenses contemporâneos, em grandes formatos e projeções multimídia, oficinas com grandes nomes da fotografia e performances de música, teatro, dança e literatura, que vão marcar o inicio das atividades do novo espaço do SESC Pará, o Centro Cultural SESC Boulevard. Com programação gratuita, as inscrições para as oficinas poderão ser feitas na gerência do SESC Boulevard e a exposição pode ser vista de terça a domingo, no prédio anexo ao Centro Cultural.
SERVIÇO:
IND!CIAL – Fotografia Paraense Contemporânea
Período: 04 de abril a 30 de maio de 2010.
Local: Centro Cultural SESC Boulevard e anexo. (Av. Boulevard Castilho França, nº 522/523).
Informações: (91) 4005-9578
www.sesc-pa.com.br ou e–mail: sescboulevard@pa.sesc.com.br
Abertura: 04 de abril (domingo), às 18h, no prédio anexo.
Visitação: 05 de abril a 30 de maio, de terça a domingo.
Inscrições das Oficinas: Gerência do SESC Boulevard (Av. Assis de Vasconcelos, nº 359, 2º andar – sala 206)
PROGRAMAÇÃO GRATUITA

sexta-feira, 26 de março de 2010

Dispositivos de registro na arte contemporânea


Saindo do forno, Dispostivos de registro na arte contemporânea, reúne uma turma bem bacana, com artigos que abordam o território dos "registros" de obras de arte e como estes potencializam questões das mesmas. Saiba mais sobre o livro lendo o prefácio de Glória Ferreira http://www.contracapa.com.br/dispositivos.pdf e no release a seguir >>
Nos últimos anos, têm se disseminado cada vez mais a reprodução, a circulação e o reprocessamento das “informações” plástico-poéticas. Tais imagens, a que muitos artistas chamam de “registros” e para as quais rejeitam a condição de obra, constituem uma linguagem cujas atribuições, mas também convenções envolvem acordos institucionais, com consequências para a própria definição do que é e do que deve ser chamado de arte.
Os 12 artigos que compõem o livro, precedidos pelo texto de orelha de Rubens Machado Jr., o prefácio de Glória Ferreira e uma detalhada apresentação de seu organizador, examinam e avaliam se as diversas formas de registro da e na arte ultrapassam ou não a simples documentação que elas efetivam na ordem simbólica. Em outras palavras, se elas trazem consigo a possibilidade de atualizar, de maneira singular, a potência das obras a que se referem e se, além disso, conformam hoje um campo que já não coincide com as imagens produzidas pelos próprios artistas.
À luz de perspectivas teóricas e críticas diversas, o conjunto dos textos oferece uma importante contribuição para o entendimento dos caminhos que têm sido trilhados pela arte contemporânea em suas relações com o cinema, o vídeo, a impressão de imagens, a performance e o teatro.
O livro contou com recursos do Programa de Apoio à Publicação (APQ-3) da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
Dispositivos de registro na arte contemporânea
Luiz Cláudio da Costa (organizador)
Textos de: André Parente, Daniela Mattos, Hélio Fervenza, José da Costa, Katia Maciel, Luiz Cláudio da Costa, Philippe Dubois, Raymond Bellour, Renato Rodrigues da Silva, Roberto Conduru, Sheila Cabo Geraldo e Stella Senra
ISBN 978-85-7740-059-1
Contra Capa / FAPERJ, 2009.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Conexões Tecnológicas

http://conexoestecnologicas.org.br/

O Festival Conexões Tecnológicas 2010 é um espaço de discussão e exibição de trabalhos em mídias digitais, realizados por alunos da graduação e recém-graduados nas áreas de Arte e Design, no período de 2008 a 2010.

Para participar, basta fazer a inscrição on-line de um trabalho e indicar seus canais pessoais on-line para visualização.

Os trabalhos ficarão expostos no site e, periodicamente, serão analisados por críticos e professores. Muitas surpresas vão ocorrer durante o processo!

INTERATIVIDADE E COMPARTILHAMENTO

O site Conexões Tecnológicas 2010 funcionará como um canal de compartilhamento de informações e trabalhos entre inscritos, participantes das edições anteriores, profissionais, professores, artistas e empreendedores.

Além do site, você poderá interagir e debater sobre Arte e Design nas diversas redes sociais em que o CT 2010 está presente.

Exponha seus trabalhos, comente os textos postados, relacione-se conosco pelo Twitter e pelo Facebook, proponha temas de discussão nas comunidades criadas exclusivamente para você!

Tire suas dúvidas pelo e-mail: informe@conexoestecnologicas.com

16º Salão UNAMA de Pequenos Formatos encerra as inscrições no dia 27 de março.

Os artistas interessados em participar do 16º Salão UNAMA de Pequenos Formatos devem oficializar suas inscrições até as 12 horas, do dia 27 de março, na Galeria de Arte "Graça Landeira", campus Alcindo Cacela, da UNAMA.

Os artistas que residem fora de Belém devem postar seus dossiês até a referida data.

Os artistas podem concorrer nas categorias de Pintura, Desenho, Gravura, Escultura, Objeto, Fotografia, Técnica Mista, com até três obras, e nas categorias de Instalação e Vídeo, com até duas obras.

As dimensões das obras bidimensionais e tridimensionais não podem ultrapassar a 40cm, incluindo a moldura. O vídeo deverá ter no máximo 40 segundos de duração e a Instalação não deverá ultrapassar a 1m³, regular.

A seleção das obras será feita nos dias 06 e 07 de abril por uma comissão constituída de três profissionais da área das artes visuais, sendo dois do Pará e o terceiro de outro Estado brasileiro.

A comissão será divulgada momentos antes da seleção das obras e a relação dos artistas selecionados no dia 08 de abril.

Os artistas selecionados concorrerão prêmios que totalizam o valor de R$ 17.000,00, sendo assim distribuídos: R$ 9.000,00 (Grande Prêmio);R$ 4.000,00 (Prêmio Especial "Graça Landeira") e R$ 4.000,00, em prêmios aquisição, que será dividido conforme o valor de cada obra, ou do conjunto delas.

A abertura oficial do Salão Será no dia (07) de maio, às 20h, nos espaços da Galeria de Arte "Graça Landeira", com todas as obras selecionadas e premiadas.

Nessa 16º edição teremos a extensão do Salão para além do Campus Alcindo Cacela, ocupando, também, o Espaço Multiuso do Campus Senador Lemos e Espaço Cultural do Campus BR, com uma exposição em homenagem ao artista visual Acácio Sobral e coletiva de obras premiadas ao longo das edições do Salão, respectivamente.

Os artistas podem encontrar o Regulamento e a ficha de inscrição, no site da UNAMA ou na própria Galeria, nos horários de 9h às 12h e 15h às 18h. Informações pelos telefones (91) 4009-3148 / 3150 ou através do email: galeria@unama.br

segunda-feira, 22 de março de 2010

CONVOCATÓRIA RESIDÊNCIA NA ARGENTINA

http://www.facebook.com/profile.php?id=510014134#!/event.php?eid=304046884724&ref=mf

Até 31 de março! La Punta - 20010
Convocatoria Residencias 2010

Espacio LA PUNTA, con el apoyo del Fondo Nacional de las Artes, lanza un programa de Residencias para artistas de cualquier procedencia y sin límite de edad, a desarrollarse durante el mes de Mayo y Agosto del corriente año en LA PUNTA.
Se ofrecen cuatro Residencias, correspondiendo dos de ellas a artistas locales y dos a artistas de fuera de la provincia de Tucumán.
El espacio de La Punta, es una sencilla casita de Villa Além, un barrio al sur de la ciudad. La misma cuenta con dos salas, un patio, un baño y una cocina.
Este programa propone ofrecer por cada mes mencionado, dos residencias: una para un artista local, que ocupará una de las salas de la casa, y otra a un artista de otra procedencia, que ocupará otra de las salas. Cada sala funcionará como dormitorio y estudio, ya que contará con un sofá cama, además de una mesa y silla. Al final de la misma, los residentes deberán abrir sus estudios al público y compartir el proceso de trabajo.
El objetivo es propiciar un encuentro entre ambos productores como modo de conocer de cerca la forma de producir del otro, e intercambiar experiencias. Además se prevé una serie de actividades e intercambios con la comunidad artística local.
Para el cierre, La Punta, tendrá a su cargo la confección de un catálogo color.

BASES DE LA CONVOCATORIA:

Proyectos

Se podrá enviar proyectos de diferente naturaleza, utilizando cualquier tipo de recursos, que se ajusten y tengan relación con el tiempo, el espacio y el contexto de la residencia. El artista deberá proveerse de todos los materiales y equipos que necesite, así como técnicos para resolver problemas específicos que puedan presentarse con cada proyecto. La Punta, sólo facilita el espacio, el subsidio, y montajistas para colaborar con el proyecto.
Así mismo, el artista deberá contemplar, ya que quedará bajo su absoluta responsabilidad, cualquier tipo de riesgo, tanto que corra él mismo, cómo terceros a partir del proyecto enviado.

Subsidios

Cada artista seleccionado, recibirá un subsidio de $1000 (mil pesos) para llevar a acabo el proyecto y en concepto de viáticos.
Además se gestionará el pago de pasajes ida y vuelta para los artistas de fuera de la provincia.
Al finalizar la residencia cada artista debe rendir cuentas de un 70 % del dinero recibido; el resto del dinero se considerará como viáticos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

Continuam abertas até 29 de março as inscrições de projetos para a 2010 01SJ Biennial - Construa o Seu Próprio Mundo.http://zero1.org/01sj/opencalls
The primary enterprise of ZER01 is the 01SJ Biennial a multi-disciplinary, multi-venue event of visual and performing arts, the moving image, public art, and of course, interactive digital media. 01SJ will become the Ars Electronica of North America; the undisputed Sundance and South by Southwest for independent digital media, and a globally recognized biennial of contemporary art on the order of the Liverpool Biennale and the Edinburgh Festival. ZER01 year round signature programming leading to the 01SJ Biennial serves to educate and cultivate audiences, build partnerships, and maintain visibility for the organization through lecture series, artist salons, workshops, and family-oriented special events. In addition to exhibitions at participating museums and galleries including the San Jose Museum of Art and SOFA Galleries, ZER01 envisions presenting innovative forms of interactive and digital art throughout the downtown core and city environs as part of the 3rd 01SJ Biennial and through year-round programming initiatives. ZER01 plans to create a legacy of temporary and permanent works of public art that remain on display throughout the year and support the goal of San Jose/Silicon Valley as a cultural hotspot and destination.


A exposição LOJA, projeto de Regina Melim, que reúne diferentes tipos de publicações de artistas: livros, revistas, cartazes, postais,fotocópias, adesivos, panfletos, cds, dvds e objetos múltiplos de arte estará em São Paulo, entre 05 e 07 de março, no Beco das Artes, na Rua Major Marigliano,47, Vila Mariana, São Paulo. Abre às 18h do dia cinco.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Temporada de Editais

Vários editais, de residências a salões, estão abertos do norte ao sudeste. Para quem tem projetos e precisa de suporte é uma opção, além de propiciar a circulação e o conhecimento do trabalho.
Fizemos uma seleção de alguns editais abertos. Outros podem ser buscados nos LINKS e CHAMADAS.
VERBO NA VERMELHO
http://www.galeriavermelho.com.br/v2/downloads/info_gerais_2010.pdf
Projetos de PERFORMANCE serão selecionados por meio de edital para a mostra VERBO da Galeria Vermelho em São Paulo.

SALÃO DO RECÔNCAVO
http://salaodoreconcavo.descentro.org até o dia 28/02/2010.
O Salão de artes audiovisuais do recôncavo é um festival selecionado pela Rede Nacional de Artes da FUNARTE, organizado pela única sede Bahia da associação Descentro - nó emergente de ações colaborativas. Para esse festival, chamamos públicamente propostas interessadas em participar de um processo aberto de seleção e exibição de artes audiovisuais. Uma equipe selecionada pelo Descentro - Bahia irá decidir sobre casos omissos dessa chamada pública.
É um festival que pretende envolver exibições de vídeos e outras linguagens híbridas que envolvam projeções de imagens em ruas, prédios e outros espaços públicos do Recôncavo Baiano. Qualquer linguagem audiovisual ou aliada ao audioviual poderá participar, tendo como exemplos as seguintes propostas: curta, média e longa metragem, animação, documentário, vídeo-performance, vídeo-instalação, vídeo-poesia, vídeo-teatro, foto-novela, foto-clipe, etc.

FILE
www.file.org.br
O FILE - Festival Internacional de Linguagem Eletrônica abre o período de inscrições para a sua décima primeira edição que ocorrerá no espaço cultural do SESI Paulista a partir de 27 de Julho de 2010. Este ano ao inscreverem os projetos para participar do FILE 2010, os artistas estarão concorrendo ao prêmio FILE PRIX LUX. A premiação acontecerá no dia 26 de Julho de 2010 no Teatro Popular do SESI, na Av. Paulista, 1313, São Paulo.
FILE PRIX LUX foi concebido para complementar as ações do FILE na área das linguagens eletrônicas e digitais, com o intuito de premiar, incentivar e estimular o aparecimento de novos talentos. Esta nova iniciativa do FILE pretende, além da exposição e apresentação de trabalhos, imputar valor a tais manifestações, ao conferir aos artistas contemplados repercussão nacional e internacional.
www.fileprixlux.org

IAP
http://www.iap.pa.gov.br/blog/?p=318
O Instituto de Artes do Pará (IAP) está com edital do Concurso de Bolsas para Pesquisa, Experimentação e Criação Artística, um dos principais incentivos à produção artística em todo o Brasil. Graças a ele, artistas recebem recursos para o desenvolvimento e finalização de projetos de pesquisa, experimentação e criação artística, desde sua concepção até o produto final, nas linguagens de Artes Visuais, Teatro, Música e Dança. Abertas até 31 de março.
O edital na íntegra estará disponível nos sites do Governo do Estado (www.pa.gov.br) e da Secretaria de Cultura (www.secult.pa.gov.br)

CASA TOMADA
http://casatomada.com.br/site/?page_id=2027
A próxima edição do projeto, o Ateliê Aberto #2, terá início em abril de 2010, com duração de dois meses e meio, e contará com a participação de 5 a 7 artistas escolhidos através de um processo seletivo.
Jovens artistas de qualquer área de atuação das artes e de qualquer nacionalidade estão aptos a se inscrever no processo seletivo, que será feito somente pela internet.
- Inscrições: de 19 de dezembro de 2009 a 19 de fevereiro de 2010, levando em consideração o horário de Brasília.

LABMIS
A Residência LABMIS 2010 reúne infraestrutura, orientadores especialistas, suporte técnico, diálogos críticos, apoio para hospedagem e transporte, possibilidade de intercâmbio, mostra coletiva e catálogo num único edital de residência artística.
Ao longo dos três meses de residência no LABMIS, os artistas selecionados têm livre acesso à infra-estrutura tecnológica do espaço e suporte de orientadores e técnicos especializados, visando ao aprofundamento de suas pesquisas. Além disso, recebem uma apreciação crítica de sua produção por parte um especialista na área, participam de um encontro público de discussão e intercâmbio e têm seus trabalhos exibidos em mostra coletiva de resultados e com a publicação de suas obras em um catálogo da coleção MIS.
As inscrições para a nova edição do projeto serão recebidas no MIS entre 15 de outubro e 25 de novembro.
Baixe aqui o edital e a ficha de inscrição:
http://www.mis-sp.org.br/labmis/selecaoeeditais

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA ARTÍSTICA TERRA UNA
http://www.terrauna.org.br/if2010/residencia
O Programa de Residência Artística da Ecovila Terra UNA acontece desde 2007 na Serra da Mantiqueira em ambiente rural, cercado por matas, campos, rios e cachoeiras. Recebemos artistas durante todo o ano disponibilizando quartos e ateliês junto à floresta. As residências variam em formato e duração com destaque para o Prêmio Interações Florestais que oferece bolsas para que os artistas realizem seus trabalhos.

MOSTRA MIAU
www.mostramiau.com.br
O MIAU - Mostra Independente do Audiovisual Universitário é espaço garantido de exibição e discussão de filmes e vídeos em curta-metragem realizados por universitários brasileiros, sem distinção de bitolas, e que se destaquem pela ousadia e criatividade na utilização das linguagens cinematográficas.
O festival acontece de 5 a 9 de maio de 2010, no Cine Goiânia Ouro, em Goiânia/GO, e se apresenta como um evento que contribui para o enriquecimento do cenário cultural goianiense, e promove o cinema universitário nacional trazendo o que ele oferece de mais inovador e criativo a cada edição.

MINC
http://www.cultura.gov.br/site/categoria/editais-ministerio-da-cultura/
No minc são diversos editais, busquem que podem encontrar algo que vem ao encontro de seus planos. Não deixem de ver o para publicação de revistas.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Abre Alas


Uma das questões que mais me afligem e que me movem na busca de interlocução é a de ser brasileiro em um mundo em que tanto se prega a globalização. O impacto disto neste país em que os abismos sócio-culturais são imensos e no qual uma elite potente busca controlar o que se entende por arte é assustador.
É cômodo pensar em globalização quando esta é vista a partir da perspectiva dos “centros”, em que a História é conduzida por estes detentores de poder e nos encontramos neste centro. Mas fica um pouco complexo olhar para isso tudo quando estamos vendo das bordas, dos cantos de um país que já é, em si, periférico e percebemos uma profunda gama de experiências pouco conhecidas por aqueles que deveriam acompanhar esta produção.
Longe de querer constituir um discurso mal humorado já no primeiro post, apenas evidencio uma situação. É muito fácil ver jovens artistas poliglotas correndo rumo ao mercado, sintonizados com toda uma produção intelectual internacional, mas que pouco conhecem sobre a produção intelectual produzida aqui, e quanto mais esta produção se afasta dos centros, mais turva vai ficando a visão daqueles que não se interessam por conhecer este outro, que não é igual e nem opera nas mesmas bases.
Aí, querer esperar por reflexões sobre as especificidades das regiões é quase um delírio. Mas sei, existem pessoas que não estão interessadas apenas na arte mediada no mainstream, e que sim, se interessam por observar o que vem acontecendo nesses outros lugares. Ainda não conseguimos dar conta de nosso legado antropofágico, de nosso tropicalismo, mas não perdemos os novos títulos do M.I.T; mas podemos também traçar estratégias, vinculações, encontrar pares para pensar e poder afirmar que, sim, existem outros modos de fazer, de olhar, de estar no mundo e que estamos fazendo arte e história também, existindo ao lado, junto, nos colocando um pouco nos diversos lugares do outro, desses vários e diversos outros. É acreditando nessa potência que está aí, nesses vários cantos que começo por aqui. Sabendo que entre nós existe um espaço viável, cheio de possibilidades entre tudo isto.